Rastreio de trabalho de parto prematuro
A prematuridade ainda é a principal causa de morbidade e mortalidade neonatal.
O screening (rastreamento) deve ser feito utilizando a história obstétrica de parto prematuro prévio e comprimento cervical (modelo combinado), constitui a melhor ferramenta para predizer o parto prematuro espontâneo.
Quando eu faço?
- Pacientes com história prévia de parto prematuro;
- Pacientes com anomalias uterinas, como útero unicorno.
Estas pacientes acima devem medir a cada 2 semanas entre 11 e 14 semanas (primeiro trimestre).
Nas mulheres sem história prévia deve ser realizada nas 20-24 semanas de gestação (18-24 semanas).
A medida ultrassonográfica do colo uterino entre 20 – 25 semanas de gestação pode aumentar a identificação de mulheres com risco tanto em gestações únicas como em gemelares.
A medida do comprimento cervical, como teste de rastreamento, é usada devido ao seu baixo custo, curta curva de aprendizado, e boa tolerância das pacientes.
Sua avaliação à época da ultrassonografia morfológica de segundo trimestre é determinante na avaliação de risco para prematuridade e deve ser oferecida à todas as gestantes neste período da gestação.
A melhor técnica para avaliação do colo uterino no rastreio de trabalho de parto prematuro é a técnica transvaginal. Padrão ouro. Transdutores endocavitários de 5 MHz. A bexiga deve estar vazia e em decúbito dorsal. Medir o corte sagital (longitudinal) da cervix. Os calipers são usados para medir a distância linear entre a área triangular mais ecogênica no orifício externo (OE) e a incisura em formato de V no orifício interno (OI).
Cérvix curva: a cérvix é frequentemente curva e nesses casos a medida do comprimento cervical realizada com uma linha reta entre os óstios internos e externos é inevitavelmente mais curto do que uma medida realizada ao longo do canal endocervical. Do ponto de vista clínico o método não tem importância uma vez que quando a cérvix está encurtada está também reta.
Afunilamento cervical: a dilatação do OI, observada como um afunilamento, não é mais que um simples reflexo do processo de encurtamento que irá eventualmente resultar em parto prematuro. Quase todas as mulheres com cérvix curta tem um afunilamento do OI. Mulheres com uma cérvix longa e afunilamento não tem um risco aumentado para parto prematuro.
Medidas do comprimento cervical:
Valores de normalidade:
Técnica endovaginal: 25 mm.
Atenção: o apagamento progressivo é mais significativo que uma medida isolada anormal do seu comprimento.
A identificação precoce dos grupos de risco aumentado para trabalho de parto prematuro (história de parto prematuro anterior, útero bicorno/unicorno) permite monitorar o comprimento do colo uterino e a partir de uma idade gestacional mais precoce, avaliando-o idealmente a partir do primeiro trimestre de gestação (11 e 14 semanas de gestação), estando preparado para intervenções precoces oportunas (progesterona vaginal, cerclagem cervical e pessário cervical).
O que é Translucência Nucal?
Translucência Nucal (ou TN) é a imagem ultrassonográfica do acúmulo de líquido que se forma na região da nuca fetal durante o primeiro trimestre da gestação (11 semanas e 13 semanas e seis dias), que se traduz por um espaço anecóico localizado entre a pele e o tecido subcutâneo que recobre a coluna cervical.
A medida da TN permite estimar o risco do feto ter certas doenças, entre elas, a Síndrome de Down (SD) e as cardiopatias congênitas. O acúmulo de fluído nucal no primeiro trimestre ocorre em fetos com malformações ou doenças genéticas. Portanto, uma medida aumentada significa um aumento de risco. A TN aumentada refere-se a medida aumentada acima do percentil 95 e o termo é utilizado independente de a coleção de fluído ser septada ou não, de estar restrita à região cervical ou de englobar todo o feto. A TN aumentada está associada à trissomia dos cromossomos (21, 18 e 13), à síndrome de Turner, triploidia, a cardiopatia congênita, malformações estruturais, infecções congênitas. Quanto maior a medida da TN, maior o risco de anomalias cromossômicas.
A medida da translucência nucal deve ser realizada quando o feto mede entre 45 mm e 84 mm de CCN(Comprimento Cabeça Nádega), isto corresponde ao feto com idade gestacional entre 11 a 14 semanas, contadas a partir do primeiro dia da DUM (Data da última menstruação). Durante o segundo trimestre a TN tende a desaparecer, porém, em alguns casos, evolui para edema nucal (espessamento da região cervical) ou higromas císticos (linfangioma - malformação linfática caracterizada por lesão cística septada encontrada mais frequentemente na região cervical) com ou sem hidropsia fetal. A medida da translucência nucal não é um teste diagnóstico, ela apenas define o grupo de risco, ou seja, se o grupo é de baixo risco ou de alto risco (teste de rastreio de risco). Para diagnosticar se o feto tem síndrome cromossômica (T21, T18, T13, 45X0), deverá realizar um teste diagnóstico, ou seja, uma biópsia de vilosidades coriônicas ou amniocentese, para fazer o cariótipo fetal. O programa de rastreamento mundial começou a ser utilizado na década de 90. Para medida adequada da translucência nucal utilizamos os padrões de medida definidos pela FMF (Fetal Medicine Foundation).
Qual é a vantagem de realizar a medida da translucência nucal?
Uma medida aumentada para a idade gestacional significa um aumento de risco dessas alterações cromossômicas e malformações.
Assim, a medida da TN não é um exame diagnóstico, mas a definição grupos de baixo risco ou alto risco.
Uma translucência nucal aumentada não indica que o feto tem uma doença genética ou malformação, apenas indica que há um risco aumentado do feto apresentar uma alteração.
Uma translucência nucal com valores normais não garante que o feto não terá problema, apenas significa que o risco de apresentar qualquer alteração é baixo.
Além da translucência nucal, o osso nasal, o fluxo do ducto venoso - que é o vaso pelo qual o sangue da placenta chega ao feto, e outros marcadores, também são importantes para calcular o risco do feto apresentar alterações no cariótipo (número de cromossomas).
Como é realizado?
O exame pode ser realizado de duas formas distintas:
A primeira, é realizando um exame obstétrico comum. Durante este exame, o profissional irá confirmar a idade gestacional medindo o comprimento cabeça nádega (CCN) do feto, da cabeça até a nádega, cujo o tamanho deverá estar entre 45 mm e 84 mm. Depois, será realizada a medida da translucência nucal, e o valor desta medida será fornecido em milímetros.
Neste caso considera-se risco aumentado para cromossomopatia quando o resultado é igual ou superior a 2,5 mm.
A segunda maneira, é realizando um exame morfológico de primeiro trimestre. Neste exame, iremos considerar, além dos dados anteriores, a idade materna e o histórico de filhos anteriores com síndrome de Down. O resultado será fornecido como uma probabilidade, considerando-se a idade da mãe, o histórico obstétrico de cromossomopatia anterior e a medida da translucência nucal. Por exemplo:
Risco da idade: 1 em 100 (1 %)
Risco corrigido: 1 em 1000 (0,1 %)
Isto significa que o risco, considerando-se apenas a idade da mãe, é de 1 em 100 (1%). Após a medida da translucência nucal, este risco foi corrigido para 1 em 1000 (0,1%). Considera-se risco alto quando ele é superior a 1 em 100 (maior que 1 %). No exame morfológico, além da translucência são observados outros detalhes, como o osso nasal e o ducto venoso, que poderá ajudar a classificar o risco. Lembre-se sempre que o exame avalia apenas o risco e não faz o diagnóstico. Isto significa que um exame “normal” não garante que o feto é normal, apenas significa que o risco para cromossomopatia é baixo. Da mesma forma um exame “alterado” informa que o risco é alto, porém, mesmo quando a translucência nucal está aumentada encontramos fetos normais.
Qual é a eficácia do teste da translucência nucal?
Os testes de rastreamento, como a medida da translucência nucal, não são perfeitos. Eles conseguem separar um grupo de alto risco, mas mesmo nos grupos de baixo risco identificados pelo teste poderemos ter fetos com cromossomopatia (T21, T18, T13, 45X0).
Aceita-se que a translucência nucal junto com outros marcadores tenha uma sensibilidade próxima de 90%.
O que fazer se o seu bebê tem translucência nucal aumentada?
Nesse caso, deve-se fazer uma consulta com especialista em medicina fetal, para avaliar a possibilidade de realizar biópsia de vilosidades coriônicas (que é a retirada de células da placenta do feto) ou amniocentese (punção do líquido amniótico que é a retirada de líquido da bolsa das águas) para fazer cariótipo (análise dos cromossomas do feto). O cariótipo permite diagnosticar não só a síndrome de Down, mas uma série de outras alterações cromossômicas: T18, T13, 45X0, triploidia, alterações dos cromossomas sexuais ( 47XXX, 47XXY, 47XYY). Caso o resultado do cariótipo seja normal, ainda assim o feto pode ter outras doenças (malformações cardíacas, doenças gênicas). Portanto, a conduta nestes casos é realizar o exame morfológico detalhado entre 20 e 24 semanas e um exame do coração do feto chamado ecocardiografia fetal.
Saiba o que é a Ecocardiografia Fetal
Quando o bebê está dentro da barriga da mãe, ele necessita de dezenas de cuidados para se desenvolver normalmente, pois, como é um ser humano em formação é preciso estar atento a tudo para que os órgãos sejam produzidos sem defeitos ou doenças. Todos os órgãos de um bebê em formação são importantes, porém o coração requer uma maior preocupação.
Como todos os demais órgãos do feto, é possível descobrir malformações e outros problemas no coração do bebê, para isso existem os exames que com a popularidade da tecnologia estão cada vez mais modernos e precisos.
O que é ecocardiografia fetal?
Ecocardiografia fetal é um exame que possibilita verificar como está a saúde do coração do feto a partir da 12ª semana de gravidez. Nesse período da gestação, as mulheres fazem um exame chamado ultrassom morfológico do primeiro trimestre, mas de acordo com especialistas é importante fazer os dois exames.
A ecocardiografia é um exame que custa entre R$ 600 e R$ 800, mas a maioria dos planos de saúde cobre a realização desse exame. Está se tornando cada dia mais comum o obstetra recomendar esse exame, por isso, as mães não precisam ficar assustadas, pois, não significa que ele suspeita de algum problema, o exame é realizado só para saber se tem alguma coisa errada com o coração do bebê.
O exame ecocardiografia pode dar negativo e isso é muito bom para os pais, já se for descoberta uma cardiopatia o obstetra inicia o planejamento bem cedo das possíveis intervenções para curar o bebê.
O que são cardiopatias congênitas?
As cardiopatias congênitas são problemas do coração e estão entre as malformações fetais mais comuns. Ocorrem em torno de 7 casos a cada 1000 nascimentos. Esses problemas não são fáceis de resolver, porque comumente obrigam o bebê a passar por uma cirurgia logo depois do nascimento.
A ecocardiografia é muito importante porque se o obstetra descobrir alguma má formação no bebê pode planejar com sua equipe médica a cirurgia, assim as chances do bebê sobreviver são muito mais altas.
A ecocardiografia fetal é um exame feito bem no início da gravidez com a finalidade de dar a oportunidade aos médicos de caso o feto ter algum problema no coração, planejar o melhor procedimento para curar o pequeno logo após o seu nascimento.
As mães que não têm condições de pagar por esse exame pode procurá-lo na rede pública de saúde e se não conseguir, arrume uma forma de juntar esse dinheiro, pois, é muito importante para a saúde do seu bebê, porque, as doenças do coração podem levar o bebê a morte.
Congelamento de Óvulos
Muitas mulheres estão adiando a maternidade por vários motivos, seja por não ter encontrado a pessoa certa para construir uma família, por não se sentir preparada para criar uma criança, por motivo de saúde ou por querer ter estabilidade financeira, sendo que, ter filhos depois dos 40 ou até mesmo dos 50 não é fácil, mas graças a ciência as mulheres podem congelar seus óvulos.
O congelamento de óvulos está super em alta nos dias atuais e muitas mulheres que já decidiram adiar a maternidade estão se prevenindo e congelando os seus para que no futuro possam se realizar como mães, mesmo tendo passado da idade de engravidar, porém, antes de congelar os óvulos é importante conhecer mais como isso funciona.
Congelamento de óvulos – Indicação
São muitas as causas que levam as mulheres a congelar os óvulos, porém, as mais indicadas para investir nessa técnica são aquelas que desejam preservar sua fertilidade que pode ser comprometida por algum problema de saúde, ou seja, mulheres que enfrentam ou já tiveram câncer e em algum momento da vida e precisaram se submeter a tratamentos fortes como quimioterapia e também mulheres que tem histórico de menopausa precoce na família.
Congelamento de óvulos – Riscos
Por ser um procedimento ainda novo, tendo menos de vinte anos de existência e apenas de 15 anos que começou no Brasil, o congelamento de óvulos pode não ter o resultado esperado.
Os maiores riscos são: complicações na cirurgia para a retirada dos óvulos, que a fertilização pode dar errado ou que ocorra a síndrome de hiperestimulação, que acontece quando os óvulos respondem de forma exagerada a aplicação de hormônios produzindo uma quantidade de óvulos bem maior que o esperado.
Sem falar que as gestantes com mais idade tem mais facilidade de desenvolver diabetes gestacional e pressão alta.
Como acontece todo o processo de congelamento dos óvulos e fertilização – Passo a passo
1 – A mulher toma hormônios para induzir a ovulação, em média serão produzidos de 15 a 20 óvulos.
2 – Quando a mulher está ovulando é feita uma punção aspirativa transvaginal para a coletagem dos óvulos, esse processo é feito, em um hospital, com anestesia, mas não tem corte e dura cerca de 15 minutos.
3 – Os óvulos retirados são colocados de imediato no nitrogênio líquido a menos de 196ºC.
4 – Quando a mulher decidir engravidar os óvulos são descongelados e é feita uma fertilização in vitro, que acontece da seguinte forma: através de uma injeção os espermatozoides colhidos do companheiro são colocados dentro do óvulo, espera-se formar os embriões no laboratório, após alguns dias, são escolhidos os embriões de melhor qualidade e colocados dentro da mulher.
Com o congelamento dos ovários a mulher tem 40% de chance de engravidar e o bebê tem as mesmas chances de nascer com saúde como o de uma gravidez natural, quando ao custo do tratamento completo fica em torno de 15 mil reais, mas pode variar.
O que as mulheres grávidas precisam saber sobre o novo vírus da gripe A (H1N1)
As mulheres grávidas têm maior probabilidade de ter complicações graves com a nova gripe A(H1N1), da mesma forma que acontece com a gripe sazonal, mas não há evidência que tenham maior probabilidade de contrair esta infecção. Se ficar doente deverá fazer o mesmo tratamento que o resto da população. Disponibilizamos este guia para que você posso tomar conhecimento das precauções necessárias para proteger você e o seu bebê.
O que posso eu fazer para me proteger, proteger meu bebê e família?
Não existe atualmente vacina para esta infecção. Desta forma as medidas preventivas são muito importantes. Siga estes passos para prevenir a propagação do vírus e proteger a sua saúde:
- Cubra o nariz e a boca com um lenço de papel sempre que for tossir, espirrar ou alguém o fizer perto de você;
- Descarte o lenço no lixo após a utilização;
- Lave frequêntemente as mãos, com água quente e sabão, durante 40 a 60 segundos, especialmente depois de um espirro ou tosse;
- Se utilizar um gel de lavagem de mãos à base de álcool, não adicione água e espalhe o gel nas mãos até que evapore/seque;
- Em ambientes muito movimentados, evite tocar nos olhos, nariz e boca, antes de lavar as mãos – o vírus também se propaga deste modo
- Evite o contato com pessoas doentes – reduza as suas saídas de casa;
- Se for indicada a sua utilização, use corretamente as máscaras faciais.
Existe alguma orientação quanto aos exames de pré-natal?
Não, os exames de pré-natal continuaram iguais, apenas serão solicitados exames complementares para as pacientes que apresentarem sintomas suspeitos de gripe. Algumas orientações são importantes para as gestantes que irão realizar exames de ultrassom (ecografia):
- Se estiver sentido sintomas de gripe e se exame não for emergência, adie o exame em 7 a 10 dias, esperando os sintomas passarem. Se você estiver com a gripe e for fazer o exame você poderá contaminar outras gestantes;
- Antes de comparecer a clínica ou hospital ligue para saber como está funcionando o atendimento e se existe alguma recomendação especial;
- Evite levar acompanhantes! A sala de ultrassom normalmente é fechada e nela passa diariamente um volume grande de pacientes. Quanto mais gente estiver passando pela sala de ultrassom maior o risco de contaminação;
- Se a clínica disponibilizar máscaras, utilize-á. A máscara é uma forma de proteção para você e para outras pessoas que circulam pela clínica;
- Se estiver doente e tiver que fazer o exame, ligue antes para a clínica ou hospital e pergunte qual protocolo está sendo seguido. Algumas clínicas poderão estar solicitando que pacientes doentes realizem o exame diretamente em hospitais de referência.
Lembre-se, estes cuidados simples são a melhor forma de combater a pandemia de gripe. Epidemias de gripe podem eventualmente ter complicações maiores em grávidas.
Quais os sintomas de gripe A(H1N1)?
O que as mulheres grávidas precisam saber sobre o novo vírus da gripe A (H1N1)
As mulheres grávidas têm maior probabilidade de ter complicações graves com a nova gripe A(H1N1), da mesma forma que acontece com a gripe sazonal, mas não há evidência que tenham maior probabilidade de contrair esta infecção. Se ficar doente deverá fazer o mesmo tratamento que o resto da população. Disponibilizamos este guia para que você posso tomar conhecimento das precauções necessárias para proteger você e o seu bebê
O que posso eu fazer para me proteger, proteger meu bebê e família?
Não existe atualmente vacina para esta infecção. Desta forma as medidas preventivas são muito importantes. Siga estes passos para prevenir a propagação do vírus e proteger a sua saúde:
Cubra o nariz e a boca com um lenço de papel sempre que for tossir, espirrar ou alguém o fizer perto de você;
Descarte o lenço no lixo após a utilização;
Lave frequêntemente as mãos, com água quente e sabão, durante 40 a 60 segundos, especialmente depois de um espirro ou tosse;
Se utilizar um gel de lavagem de mãos à base de álcool, não adicione água e espalhe o gel nas mãos até que evapore/seque;
Em ambientes muito movimentados, evite tocar nos olhos, nariz e boca, antes de lavar as mãos – o vírus também se propaga deste modo;
Evite o contato com pessoas doentes – reduza as suas saídas de casa;
Se for indicada a sua utilização, use corretamente as máscaras faciais.
Existe alguma orientação quanto aos exames de pré-natal?
Não, os exames de pré-natal continuaram iguais, apenas serão solicitados exames complementares para as pacientes que apresentarem sintomas suspeitos de gripe. Algumas orientações são importantes para as gestantes que irão realizar exames de ultrassom (ecografia):
Se estiver sentido sintomas de gripe e se exame não for emergência, adie o exame em 7 a 10 dias, esperando os sintomas passarem. Se você estiver com a gripe e for fazer o exame você poderá contaminar outras gestantes;
Antes de comparecer a clínica ou hospital ligue para saber como está funcionando o atendimento e se existe alguma recomendação especial;
Evite levar acompanhantes! A sala de ultrassom normalmente é fechada e nela passa diariamente um volume grande de pacientes. Quanto mais gente estiver passando pela sala de ultrassom maior o risco de contaminação;
Se a clínica disponibilizar máscaras, utilize-á. A máscara é uma forma de proteção para você e para outras pessoas que circulam pela clínica;
Se estiver doente e tiver que fazer o exame, ligue antes para a clínica ou hospital e pergunte qual protocolo está sendo seguido. Algumas clínicas poderão estar solicitando que pacientes doentes realizem o exame diretamente em hospitais de referência.
Lembre-se, estes cuidados simples são a melhor forma de combater a pandemia de gripe. Epidemias de gripe podem eventualmente ter complicações maiores em grávidas.
Quais os sintomas de gripe A(H1N1)?
Os sintomas são parecidos com os da gripe sazonal habitual e incluem:
- Febre;
- Tosse;
- Dores de garganta;
- Dores musculares;
- Dores de cabeça;
- Erupções cutâneas;
- Arrepios e fadiga;
- Por vezes, diarreia e vômitos.
O que devo fazer se ficar doente?
Se sentir sintomas leves de gripe ou tiver contato próximo com alguém infectado com a gripe A, permaneça em casa, limite o contato com outras pessoas. Entre em contato com o Disque Saúde do Ministério da Saúde 0800 61 1997 e se necessário procure um serviço de referência para avaliação (clique aqui para ver a lista de hospitais de referência no Paraná).
Como é tratada esta gripe?
Trate a febre. Mantenha a temperatura dentro dos seus valores habituais, isso é muito importante para o seu bebê. O paracetamol é o melhor tratamento para a febre durante a gravidez e pode ser tomado na dose de 500mg de 6 em 6 horas. Se tiver dúvidas lige para o Disque Saúde do Ministério da Saúde 0800 61 1997. Beba água e outros líquidos, em abundância para repor o que perdeu por estar doente. Os medicamentos antivirais como o Tamiflu® (oseltamivir) só devem ser utilizados sob prescrição médica. Não estão descritas complicações na grávida ou no feto com a utilização destes farmacos.
O que posso fazer para proteger o meu bebê deste vírus?
Tenha um cuidado extra em lavar frequentemente as mãos, com água e sabão ou com uma solução alcoólica; Mantenha o bebê afastado de pessoas doentes ou áreas afetadas; Limite a permuta de brinquedos com outras crianças, sobretudo se os levam à boca; Lave frequentemente com água e sabão quaisquer objetos que o bebê ponha na boca.
Amamentar protege os bebês desta nova gripe?
Os bebês não amamentados estão mais vulneráveis à infecção e à hospitalização, por doença respiratória grave, do que os amamentados; Os recém-nascidos não amamentados têm menor capacidade de se defenderem da infecção, pois não dispõem dos anticorpos protetores que passam no leite das mães; Como se trata de um vírus novo não se conhece ainda a proteção específica para esta situação.
E se eu estiver doente? Posso amamentar o meu bebê?
Sim. O aleitamento materno deve ser apoiado também perante esta doença, porque protege os bebês de infecções respiratórias. A mãe doente com (H1N1) deve ser encorajada a fazer a extração do seu leite. Durante o período de contágio, o bebê deverá receber o leite que a mãe extraiu, dado por uma pessoa/familiar não doente.
Poderei continuar a amamentar se estiver a tomar medicamentos para prevenir ou tratar esta gripe?
Sim. O tratamento ou profilaxia com medicação antiviral não constitui contra-indicação para a amamentação.
Interrompo a amamentação se suspeitar que tive contacto com o vírus da gripe A (H1N1)?
Não. As mães produzem anticorpos para combater as infecções com as quais entram em contato e o seu leite fica adequado a debelar as mesmas infecções nos seus filhos. O aleitamento materno também ajuda a desenvolver a capacidade do bebê para se defender das doenças infecciosas. Deve-se, no entanto, utilizar as medidas preventivas acima descritas.
E se o meu bebê ficar doente, posso amamentá-lo?
Sim. O melhor que pode fazer pelo seu bebê doente é manter o aleitamento. Ofereça-lhe a mama com maior frequência.
Os bebês que estão doentes têm maior necessidade de líquidos. O que obtêm quando mamam é superior a qualquer outro líquido, melhor que a água, suco ou soluções de reposição hidroeletrolítica, porque também ajuda a proteger o sistema imunológico do bebê; Se o seu filho está tão doente que não consegue mamar, pode-se oferecer leite em copo, seringa ou conta gotas.
Vacina contra H1N1 pode ser administrada com segurança em gestantes
O Comitê Consultivo em Práticas de Imunizações (ACIP), do Centro de Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, afirma que a vacina contra a influenza H1N1 pode ser administrada com segurança durante qualquer trimestre da gravidez, já que estudos demonstram que não há risco de complicações maternas ou desfechos fetais inconvenientes associados à vacina.
Nem mesmo o fato de a vacina conter thiomersal – composto contendo mercúrio que tem sido usado em algumas vacinas para reduzir a probabilidade de crescimento biológico – deve ser motivo de preocupação. Segundo o CDC, não existe evidência científica de que isso cause eventos adversos em crianças nascidas de mulheres que receberam vacina durante a gestação.
Estudos têm mostrado que o etilmercúrio – um produto da decomposição do thimerosal – não acumula e causa dano ao cérebro fetal como o metilmercúrio – forma mais tóxica do mercúrio. Por isso, segundo o ACIP: “Os benefícios da vacinação contra a Influenza para todos os grupos recomendados, incluindo as gestantes e as crianças jovens, sobrepõem as preocupações baseadas em um risco teórico da exposição ao thimerosal”.
A recomendação do comitê para que as gestantes sejam imunizadas é feita com base no fato de a gravidez, ao aumentar as chances de complicações devido à influenza, colocar mulheres saudáveis em risco. Estudo feito pelo CDC entre 15 de abril e 18 de maio de 2009 confirma isso. Neste período, foram reportados ao Comitê 34 de Influenza H1N1 em gestantes.
Destas, 32% precisaram de hospitalização, o que significa que a necessidade de internação de grávidas foi 4 vezes maior que da população em geral. Além disso, 13% de óbitos registrados no período foram de gestantes, mesmo que a maior parte delas estivesse saudável antes de contrair o vírus.