Vacina contra H1N1 pode ser administrada com segurança em gestantes
O Comitê Consultivo em Práticas de Imunizações (ACIP), do Centro de Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, afirma que a vacina contra a influenza H1N1 pode ser administrada com segurança durante qualquer trimestre da gravidez, já que estudos demonstram que não há risco de complicações maternas ou desfechos fetais inconvenientes associados à vacina.
Nem mesmo o fato de a vacina conter thiomersal – composto contendo mercúrio que tem sido usado em algumas vacinas para reduzir a probabilidade de crescimento biológico – deve ser motivo de preocupação. Segundo o CDC, não existe evidência científica de que isso cause eventos adversos em crianças nascidas de mulheres que receberam vacina durante a gestação.
Estudos têm mostrado que o etilmercúrio – um produto da decomposição do thimerosal – não acumula e causa dano ao cérebro fetal como o metilmercúrio – forma mais tóxica do mercúrio. Por isso, segundo o ACIP: “Os benefícios da vacinação contra a Influenza para todos os grupos recomendados, incluindo as gestantes e as crianças jovens, sobrepõem as preocupações baseadas em um risco teórico da exposição ao thimerosal”.
A recomendação do comitê para que as gestantes sejam imunizadas é feita com base no fato de a gravidez, ao aumentar as chances de complicações devido à influenza, colocar mulheres saudáveis em risco. Estudo feito pelo CDC entre 15 de abril e 18 de maio de 2009 confirma isso. Neste período, foram reportados ao Comitê 34 de Influenza H1N1 em gestantes.
Destas, 32% precisaram de hospitalização, o que significa que a necessidade de internação de grávidas foi 4 vezes maior que da população em geral. Além disso, 13% de óbitos registrados no período foram de gestantes, mesmo que a maior parte delas estivesse saudável antes de contrair o vírus.